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OS PROFETAS

Diz Ewald, em seu belo livro sobre os profetas: “As verdades gerais que governam o mundo, em outros termos, os pensamentos de Deus, são imutáveis e inatacáveis, inteiramente independentes das flutuações das coisas, da vontade e da ação dos homens. O homem é originariamente chamado para delas participar, para compreendê-las e traduzi-las livremente em atos. É por aí que ele atinge seu próprio, seu verdadeiro destino. Mas, para que o Verbo do Espírito penetre no homem de carne, é preciso que o homem seja profundamente sacudido pelas grandes comoções da história. Então a verdade explode como um jato de luz. Por isso está dito, tantas vezes, no Antigo Testamento, que Iavé é um Deus vivo. Quando o homem escuta o apelo divino, constrói-se nele uma nova vida, na qual ele não se sente mais só, mas em comunhão com Deus e com todas as verdades, e está pronto para marchar de uma verdade a outra, até o infinito. Nessa vida nova, seu pensamento identifica-se com a vontade universal. Ele tem a visã

PARA SE ELEVAR A DEUS

 O homem só se eleva relativamente a Deus pelo pensamento ou pela oração, pela ação ou pelo êxtase. E Deus só exerce sua boa ação no Universo indireta e hierarquicamente por meio das leis universais e imutáveis que exprimem seu pensamento.

OS MILAGRES DE MOISÉS

 É hora de dizermos o que se pode acreditar dos pretensos milagres de Moisés, sob o ponto de vista de uma teosofia racional e dos pontos elucidados da ciência oculta. A produção de fenômenos elétricos sob diversas formas, pela vontade de poderosos iniciados, não é atribuída somente a Moisés pela Antigüidade. A tradição caldaica atribuía-a aos magos; a tradição grega e latina, a alguns sacerdotes de Júpiter e Apolo (3). Em tais casos os fenômenos são de ordem elétrica. Mas a eletricidade da atmosfera terrestre ali seria movimentada por uma força mais sutil e mais universal difundida por toda parte, e que os grandes adeptos estavam aptos a atrair, a concentrar e a projetar. Esta força é chamada akasa pelos brâmanes, princípio-fogo pelos magos da Caldéia, grande agente mágico pelos cabalistas da Idade-Média. Sob o ponto de vista da ciência poder-se-ia chamá-la força eterificada. Pode-se atraí-la diretamente, ou evocá-la por intermédio dos agentes invisíveis, conscientes ou semiconsciente

QUEM ERAM OS PATRIARCAS?

Abram, Abraão, ou o pai Oram era um rei de Ur, cidade da Caldéia, próxima de Babilônia. Os assírios o representavam, segundo a tradição, sentado em um trono, fisionomia benevolente (2). Esse personagem, bastante velho, que passou pela história mitológica de todos os povos, pois que Ovídio o cita (3), é aquele mesmo que a Bíblia nos apresenta como emigrando do país de Ur para o país de Canaã, à voz do Eterno: “O Eterno lhe apareceu e lhe disse: Eu sou o Deus forte, todo-poderoso. Marcha diante de minha face e em integridade... Estabelecerei minha aliança entre mim e ti e entre a posteridade para ser uma aliança eterna, a fim de que eu seja teu Deus e o Deus da tua posteridade depois de ti” (Gen. XVI, 17, XVII,7). Esta passagem, traduzida em linguagem de nossos dias, significa que um chefe semita de nome Abraão, muito velho, que provavelmente recebera a iniciação caldaica, sentiu-se impelido pela voz interior a conduzir sua tribo na direção do Oeste e lhe impôs o culto de Eloim. O nome

A PROMESSA DO CRISTIANISMO

O cristianismo, isto é, a religião do Cristo, só se revela em sua altura e sua universalidade, mostrando-nos sua reserva esotérica. Somente então ele se mostra como a resultante de tudo o que o precedeu, sintetizando em si os princípios, o fim e os meios da regeneração total da humanidade. Não é senão em nós, desvendando seus últimos mistérios, que ele se tornará o que é verdadeiramente: a religião da promessa e da realização, quer dizer, da iniciação universal.  

A FALHA DOS TEÓLOGOS SOBRE DEUS

A ideia monoteísta tem por conseqüência a unificação da humanidade sob um mesmo Deus e sob uma mesma lei. Porém, enquanto os teólogos tiverem de Deus uma ideia infantil e os homens de ciência o ignorarem e o negarem pura e simplesmente, a unidade moral, social e religiosa de nosso planeta não passará de um piedoso desejo ou um postulado da religião e da ciência impotentes para realizá-la.