OS MILAGRES DE MOISÉS
É hora de dizermos o que se
pode acreditar dos pretensos milagres de Moisés, sob o ponto de vista
de uma teosofia racional e dos pontos elucidados da ciência oculta. A
produção de fenômenos elétricos sob diversas formas, pela vontade de
poderosos iniciados, não é atribuída somente a Moisés pela
Antigüidade. A tradição caldaica atribuía-a aos magos; a tradição grega
e latina, a alguns sacerdotes de Júpiter e Apolo (3). Em tais casos os
fenômenos são de ordem elétrica. Mas a eletricidade da atmosfera
terrestre ali seria movimentada por uma força mais sutil e mais
universal difundida por toda parte, e que os grandes adeptos estavam
aptos a atrair, a concentrar e a projetar. Esta força é chamada akasa
pelos brâmanes, princípio-fogo pelos magos da Caldéia, grande agente
mágico pelos cabalistas da Idade-Média. Sob o ponto de vista da ciência
poder-se-ia chamá-la força eterificada. Pode-se atraí-la diretamente, ou
evocá-la por intermédio dos agentes invisíveis, conscientes ou
semiconscientes, dos quais está repleta a atmosfera terrestre e que a
vontade dos magos sabe dominar. Esta teoria nada tem de contrária a
uma concepção racional do Universo, e é até indispensável para explicar
uma quantidade imensa de fenômenos que, sem ela, permaneceriam
incompreensíveis. Falta somente acrescentar que esses fenômenos são
regidos por leis imutáveis e sempre proporcionais à força intelectual,
moral e magnética do adepto.
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