FELICIDADE, CIÊNCIA E SABEDORIA

(P.101)Nós dissociamos a educação do corpo, da alma e do espírito. Nossas ciências físicas e naturais, bastante avançadas em si mesmas, abstraem o princípio da alma e de sua difusão no Universo; nossa religião não satisfaz às necessidades da inteligência; nossa medicina nada quer saber nem da alma nem do espírito.  O homem contemporâneo procura o prazer sem a felicidade, a felicidade sem a ciência, e a ciência sem a sabedoria. A antigüidade não admitia semelhante separação. Em todos os domínios, ela levava em conta a tríplice natureza do homem. 

“Para atingir o domínio – diziam os sábios de então – o homem tem necessidade de uma refundição total de seu ser físico, moral e intelectual. Ora, esta refundição só é possível mediante o exercício simultâneo da vontade, da intuição e do raciocínio. Por meio de sua completa concordância, o homem pode desenvolver suas faculdades até limites incalculáveis. A alma tem sentidos adormecidos; a iniciação os desperta. Através de um estudo aprofundado, uma aplicação constante, o homem pode colocar-se em comunicação consciente com as forças ocultas do Universo. Através de um esforço prodigioso, ele pode atingir a percepção espiritual direta, abrir os caminhos do além e tornar-se capaz de se dirigir para lá. Somente então pode dizer que venceu o destino e conquistou aqui na terra sua liberdade divina. Somente então o iniciado pode tornar-se iniciador, profeta e teurgo, isto é, vidente e criador de almas. Porque somente aquele que comanda a si mesmo pode comandar os outros; somente aquele que é livre pode libertar.”

Deus é uno, único, aquele que existe pela essência, o que vive só em substância, o único gerador no céu e sobre a terra, que não foi gerado. Ao mesmo tempo Pai, Mãe e Filho, ele gera, ele procria e é, perpetuamente; e estas três pessoas, longe de dividir a unidade da natureza divina, concorrem para sua infinita perfeição. Seus atributos são a imensidade, a eternidade, a independência, a vontade todo-poderosa, a bondade sem limite.

 Toda vontade que se une a Deus, para manifestar a verdade e operar a justiça, participa já nesta vida do poder divino sobre os seres e as coisas, como recompensa eterna dos espíritos livres


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