QUEM ERAM OS PATRIARCAS?
Abram, Abraão, ou o pai Oram
era um rei de Ur, cidade da Caldéia, próxima de Babilônia. Os assírios o
representavam, segundo a tradição, sentado em um trono, fisionomia
benevolente (2). Esse personagem, bastante velho, que passou pela
história mitológica de todos os povos, pois que Ovídio o cita (3), é
aquele mesmo que a Bíblia nos apresenta como emigrando do país de
Ur para o país de Canaã, à voz do Eterno: “O Eterno lhe apareceu e lhe
disse: Eu sou o Deus forte, todo-poderoso. Marcha diante de minha face
e em integridade... Estabelecerei minha aliança entre mim e ti e entre a
posteridade para ser uma aliança eterna, a fim de que eu seja teu Deus e
o Deus da tua posteridade depois de ti” (Gen. XVI, 17, XVII,7). Esta
passagem, traduzida em linguagem de nossos dias, significa que um
chefe semita de nome Abraão, muito velho, que provavelmente recebera
a iniciação caldaica, sentiu-se impelido pela voz interior a conduzir sua
tribo na direção do Oeste e lhe impôs o culto de Eloim.
O nome de Isac, pelo prefixo Is, parece indicar uma iniciação
egípcia, enquanto que os de Jacó e de José deixam entrever uma origem
fenícia. Seja o que for, é provável que os três patriarcas tenham sido três
chefes de populações diversas que viveram em épocas distantes. Muito
tempo depois de Moisés, a lenda israelita os reuniu em uma só família.
Isac tornou-se o filho de Abraão, Jacó o filho de Isac. Esta maneira de
representar a paternidade intelectual pela paternidade física era muito
usada entre os antigos sacerdotes.
Comentários
Postar um comentário