A IGREJA PRECISA DE REFORMA


Como estudante de psicologia, uma das matérias básicas é a filosofia, você compreende que o exercício de pensar vai muito além da nossa compreensão, invadindo a sociologia, percebo que muito dos nossos avanços tecnológicos e sociais e religiosos estão ligados as fases de transições. Por exemplo:

A Igreja Católica, segundo ensinamento de São Pio X, é uma Igreja de desiguais. Uns foram instituídos para ensinar, governar e santificar. E outros para serem ensinados, governados e santificados. Estes últimos são os leigos. (cfr. Encíclica Vehementer, de 11-2-1906)Nesta sociedade de desiguais há uma hierarquia: Cardeais, Arcebispos, Bispos, cônegos, párocos e coadjutores. Em baixo, o povo fiel, que está para a Igreja, como a plebe para a sociedade civil.

O protestantismo nega a autoridade doutrinária da Hierarquia eclesiástica. Cada qual tem o direito de interpretar a Bíblia como quer. A partir desse momento deixa de haver hierarquia. Todas as seitas protestantes têm esse denominador comum igualitário: não há mestres para interpretar o Evangelho, cada um é mestre de si mesmo.
Elas negaram o monarca da Igreja Católica, o Papa, exceto os anglicanos, que reconhecem ao Papa um vago primado de honra, mas não jurídico.  Na seita protestante anglicana continuaram os arcebispos, bispos, certos dignitários eclesiásticos à maneira de cônegos, párocos, coadjutores.

Os heresiarcas - Lucas Cranach, the elderA seita luterana também admite esses graus. Mas Calvino, que foi um heresiarca pouco posterior a Lutero, negou os Arcebispos e Bispos, admitindo apenas os padres; são os chamados presbiterianos.

Surgiu depois uma outra seita, a dos niveladores, também conhecidos por quackers, que não admitiam sequer os padres. Ficaram abolidos todos os graus, restando apenas o povo. É uma hierarquia que se destruiu.

Dentro das próprias seitas protestantes esse trabalho de demolição continuou. Na igreja anglicana como na luterana, a autoridade dos  homens que continuaram a se dizer bispos e arcebispos foi reduzida a quase a zero. Não tem comparação com a autoridade de um Bispo católico. Os bispos anglicanos não passam de figuras decorativas. O título ainda existe, mas nada significa. Também entre os presbiterianos o título de padre, de ministro, ainda existe, mas quase nada significa. Eles não têm autoridade doutrinária sobre seus fiéis.
Esse movimento igualitário não ficou apenas dentro do protestantismo, mas tentou penetrar várias vezes na Igreja Católica. E acabou penetrando e triunfando por meio do progressismo, que quer reduzir a Igreja a uma república, em que o povo fiel tem o direito soberano de mandar, e o Papa e os bispos fazerem o que o povo quer. Portanto, o contrário da organização hierárquica que estudamos; no fundo não haveria governo, seria a anarquia, o fim da Igreja.

Os protestantes acabaram com as ordens religiosas. Confiscaram, saquearam, fecharam. Algumas se mantiveram na aparência, mas com um ar de mero pensionato. O estado religioso desapareceu nas seitas protestantes. Toda a hierarquia eclesiástica começou a sofrer uma corrosão, cujo termo último é o progressismo em nossos dias.



Gostaria de me ater apenas ao fato que passamos por uma revolução nos últimos quinhentos anos, e mais progressivamente nos últimos cento e cinquenta anos, tecnologicamente e psicologicamente, nos abrindo novas percepções sobre o mundo.
Tais percepções que equivocadamente forcam a aceitar métodos arcaicos para salvação, se nem mesmo a igreja tem força para manter-se de pé de tamanha falta de instrução teológica e física. Ultimamente novas Teologias, são elas:

Teologia Ética
Teologia Gnóstica
Teologia Urbana
Teologia da Missão Integral
Teologia Negra
Teologia Feminista
Teologia Homossexual (sem comentários)
Teologia da Libertação
Teologia da Prosperidade
Teologia da Espiritualidade ou Contemplativa
As três últimas foram as que mais contaminaram a igreja de um modo geral, sendo disseminadas rapidamente e espalhadas pelo mundo inteiro. As “modinhas” chegaram arrasando a teologia Original, dificultando o trabalho dos verdadeiros seguidores de Cristo.
Pregar e ensinar, em nossos dias, é pouco, agora é preciso “repregar” e “reensinar”. Primeiro é necessário desmistificar – arrancar os mitos e as lendas que agregaram ao entendimento das pessoas, em relação à Bíblia, ou seja, fazer o novo cristão lembrar onde foi que ele caiu e compreender em qual vento de doutrina foi levado.

Não é só ler e interpretar a Bíblia, é preciso saber a necessidade de cada um, da comunidade com a qual a igreja está instalada, compreender como a palavra de Deus pode agir na vida de cada um e assim fazer não um trabalho com visão de lucro, mas levar os ensinamentos de Jesus Cristo, o Evangelho da Bondade e Amor.





Fonte:
http://www.pliniocorreadeoliveira.info/Dis_19650325_As_Tres_Revolucoes.htm
http://eclesia.com.br/portal/tipos-de-teologia/

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